O que é e-commerce? Guia completo de como funciona e como criar um (2022)
E-commerce
22 de outubro de 2021 (atualizado em 13 de junho de 2022)
O e-commerce, ou comércio eletrônico, é um modelo de negócio caracterizado pela compra e venda de produtos ou serviços por meio de canais digitais.
Atendendo aos novos hábitos de consumo dos clientes, que buscam por cada vez mais agilidade e comodidade, essa modalidade de comércio tem conquistado o seu espaço no mercado varejista, sobretudo a partir da pandemia.
De acordo com o 45º relatório Webshoppers, o e-commerce brasileiro cresceu 27% em 2021, totalizando R$ 182,7 bilhões em vendas. Além disso, houve um incremento no número de consumidores digitais, com 12,9 milhões de novos compradores.
Com a adesão dos empreendedores e consumidores ao e-commerce, estar presente no mundo digital não é mais um diferencial, mas uma necessidade.
Se você quer saber mais sobre o comércio eletrônico, este conteúdo é para você! Vamos abordar:
- O que é e-commerce?
- Para que serve o e-commerce? Quais são as suas vantagens?
- Quais são os tipos de e-commerce?
- Como funciona um e-commerce?
- Quais são as estatísticas do e-commerce no Brasil?
- Como criar um e-commerce do zero?
- Quais são as estratégias de marketing para e-commerce?
- Quais são os principais KPIs para e-commerce?
Continue a leitura e confira os principais passos para começar a sua jornada no mundo do varejo digital!
O que é e-commerce?
E-commerce (comércio eletrônico, em português) é uma modalidade de negócio na qual todo o processo de compra e venda é realizado pela internet, por meio de canais online.
Nesse modelo, todos os procedimentos envolvidos nas transações comerciais, desde a escolha do produto até o pagamento da compra, são realizados de forma digital — somente a entrega da encomenda é feita presencialmente.
O termo “e-commerce” é comumente utilizado como um sinônimo de loja virtual, ou seja, um site que comercializa produtos para vendas online.
No entanto, a loja virtual é apenas um dos canais que podem ser utilizados no comércio eletrônico. Outros canais muito utilizados, por exemplo, são os marketplaces e as redes sociais — falaremos sobre cada um mais adiante.
Para que serve o e-commerce? Quais são as suas vantagens?
Assim como o comércio físico, o e-commerce tem o objetivo de permitir a venda de produtos e serviços dos mais variados segmentos. O grande diferencial é que, por funcionar de forma totalmente online, ele proporciona mais conveniência e praticidade aos consumidores.
O cliente pode fazer sua compra em qualquer horário e lugar, bastando ter à sua disposição um dispositivo conectado à internet, como um computador ou um smartphone.
Também é mais fácil para o usuário pesquisar sobre os produtos desejados, consultar a opinião de outros clientes e comparar lojas e itens, facilitando o processo de decisão de compra.
Para os varejistas, o e-commerce ainda representa uma oportunidade de ampliar os seus canais de venda, ajudando a expandir os negócios, atrair novos públicos e aumentar o faturamento.
Vale destacar também que o comércio eletrônico demanda menos custos operacionais do que uma loja física tradicional, permitindo que os empreendedores comecem um negócio com um menor investimento e mais flexibilidade.
Quais são os tipos de e-commerce?
Existem diferentes tipos de e-commerce, dependendo dos agentes e dos canais envolvidos no processo de compra e venda. Conheça os principais!
E-commerce B2B
O e-commerce B2B (Business to Business) é um modelo no qual empresas vendem para outras empresas, envolvendo transações mais volumosas e complexas.
E-commerce B2C
No modelo B2C (Business to Consumer), as empresas comercializam produtos ou serviços, das mais variadas categorias, diretamente aos consumidores finais. Esse é o caso da maioria das lojas virtuais.
E-commerce C2C
No C2C (Consumer to Consumer), consumidores vendem para outros consumidores. O Enjoei e a OLX são grandes exemplos dessa modalidade, permitindo que pessoas físicas se cadastrem para vender produtos para outros usuários.
E-commerce D2C
O e-commerce D2C (Direct to Consumer) é a modalidade na qual fabricantes, indústrias e distribuidores vendem produtos diretamente ao consumidor final.
M-commerce
Também conhecido como mobile commerce, o m-commerce consiste na comercialização de produtos e serviços via dispositivos móveis, como smartphones e tablets, seja pelo acesso às lojas virtuais diretamente dos aparelhos, por aplicativos ou pelas redes sociais.
Social commerce
O social commerce, ou s-commerce, refere-se ao comércio realizado por meio das redes sociais, como Instagram, Facebook, WhatsApp e qualquer outro espaço virtual que permita interações entre os consumidores.
Como funciona um e-commerce?
Como mencionamos anteriormente, todo o processo de compra e venda no e-commerce é online, com exceção da entrega do pedido.
O consumidor acessa o e-commerce a partir de um dispositivo com acesso à internet, como um computador, um smartphone ou um tablet, e seleciona um ou mais produtos desejados.
Em seguida, ele faz o cadastro das suas informações pessoais, como nome, CPF, e-mail e endereço de entrega. Para receber a encomenda em casa, é cobrado um frete, que depende da localidade e da modalidade de entrega escolhida.
Então, o cliente realiza o pagamento do pedido, que geralmente pode ser por cartão de crédito, boleto bancário ou Pix. Com a aprovação do pagamento, a compra é concluída e o cliente recebe a encomenda no endereço cadastrado, dentro do prazo estipulado.
A seguir, explicamos mais a fundo a infraestrutura necessária para o funcionamento de um e-commerce. Confira!
Canais de venda
Para empreender no e-commerce, é preciso utilizar um canal de vendas online, que pode ser uma loja virtual, um marketplace ou as redes sociais, por exemplo.
Cada um tem suas vantagens e desvantagens, sendo que o empreendedor deve escolher o que fizer mais sentido para o seu negócio e para o seu público-alvo.
Muitas marcas também utilizam mais um tipo de canal, de forma a ampliar a sua presença digital, alcançar mais clientes e aumentar as oportunidades de vendas.
Loja virtual
A loja virtual é um site exclusivo e personalizado onde o varejista pode exibir e vender os seus produtos. Toda a gestão e customização da loja é feita pelo próprio empreendedor, ficando por conta dele também todos os custos de criação, divulgação e manutenção do e-commerce.
Para criar a sua própria loja virtual, é necessário registrar um domínio, ou seja, o endereço do seu site, e contratar um serviço de hospedagem que manterá o seu e-commerce disponível na rede.
Também é preciso escolher uma plataforma de e-commerce, que oferecerá toda a infraestrutura necessária para criar e gerenciar a sua loja.
Existem diferentes tipos de plataformas disponíveis no mercado — para escolher a mais adequada, é indicado considerar o tamanho e as necessidades do seu negócio.
Para quem está começando e não tem muitos conhecimentos técnicos, por exemplo, é possível utilizar uma plataforma plug-and-play, que é uma solução pronta para usar, mas que conta com opções de personalização mais limitadas.
Marketplace
Ao contrário da loja virtual, que é um e-commerce próprio de uma única empresa, o marketplace funciona como um shopping virtual, reunindo várias lojas online em uma só plataforma.
Com isso, ao entrar em um marketplace, o consumidor pode encontrar uma maior variedade de marcas e produtos no mesmo lugar.
A vantagem de se cadastrar para vender em um marketplace é que esses sites, em geral, já contam com grande visibilidade e relevância no mercado. Além disso, o marketplace já oferece toda a infraestrutura necessária para vender, não sendo necessário cuidar dessa parte.
Por outro lado, como há várias empresas vendendo produtos similares dentro da mesma plataforma, pode haver uma forte concorrência dentro do marketplace, além de uma falta de reconhecimento da marca de cada loja cadastrada.
Redes sociais
As redes sociais, como Instagram, Facebook e TikTok, também são relevantes canais online, permitindo uma interação mais próxima entre os consumidores e as lojas.
Principalmente para segmentos com maior apelo visual, como moda, decoração e papelaria, essas plataformas podem ser utilizadas como uma vitrine virtual do negócio, ajudando a aumentar o alcance da marca e a gerar oportunidades de vendas.
Para quem está começando o próprio negócio, as redes sociais também representam uma opção mais acessível para operacionalizar as vendas.
Meios de pagamento
Independentemente do canal de vendas utilizado, é indispensável contar com um meio de pagamento online seguro e eficiente para processar as transações do e-commerce.
Para atender às preferências dos diferentes tipos de consumidores, é recomendável aceitar formas de pagamento variadas, como cartão de crédito, boleto bancário e Pix. Assim, você evita o abandono de carrinho e garante uma maior taxa de conversão no negócio.
Existem diferentes soluções de pagamento para viabilizar as transações online no seu e-commerce, como subadquirentes, Provedores de Serviços de Pagamento (PSPs) e gateways de pagamento.
Além disso, para quem vende pelas redes sociais, um recurso interessante é o link de pagamento, que permite o envio de um checkout personalizado para o consumidor finalizar a sua compra. / Para escolher a melhor tecnologia de pagamentos para o seu negócio, baixe nosso e-book gratuito sobre meios de pagamento online!

Logística de entrega
Ao fazer uma compra online, os clientes esperam receber o seu pedido com praticidade e segurança em casa. Por isso, outro aspecto fundamental da operação de um e-commerce é a logística.
Para garantir uma boa experiência de compra para os consumidores, é muito importante estruturar bem os seus processos de distribuição e entrega, contratando serviços logísticos de confiança e qualidade — as principais opções são os Correios e as transportadoras.
Negocie as melhores taxas e prazos para chegar ao melhor custo-benefício para o seu negócio e os seus clientes. Além disso, lembre-se de utilizar as embalagens mais adequadas para cada produto, de forma a não deixar o frete muito caro.
Uma boa prática é disponibilizar diferentes modalidades de entrega no e-commerce. Dessa forma, o cliente pode escolher a que melhor atende às suas necessidades e preferências.
Saiba mais: Correios ou transportadora: qual a melhor opção de entrega para sua loja?
Quais são as estatísticas do e-commerce no Brasil?
Se o e-commerce já demonstrava um crescimento acelerado ao longo dos anos, o contexto de pandemia e isolamento social potencializou ainda mais o avanço do comércio eletrônico em todo o mundo.
Em 2020, o e-commerce brasileiro faturou a marca histórica de R$ 81 bilhões em vendas, segundo a 43ª edição do relatório Webshoppers da Ebit | Nielsen.
Um dos principais motivos para esse resultado foi a adesão dos clientes às compras online, com o surgimento de 13,2 milhões de novos consumidores no varejo online.
Esse crescimento não desacelerou em 2021. Como mostrado no início do artigo, o faturamento do segmento chegou a R$ 182,7 bilhões, segundo a 45ª edição do relatório Webshoppers.
Diante desses números, não há como negar a força do e-commerce e o potencial de crescimento que ele apresenta para os próximos anos.
Como criar um e-commerce do zero?
Agora que você já conhece as possibilidades para vender no e-commerce, é hora de começar a estruturar o seu.
Para começar, é preciso definir o seu nicho de mercado, fazer uma pesquisa de concorrência e elaborar o seu plano de negócio. Seja para vender no físico ou no digital, esses são os pilares de um empreendimento bem-sucedido.
Se você ainda não tem ideia do que pretende comercializar, confira o artigo com os 12 produtos mais vendidos na internet em 2022.
Para dar início à sua operação, pode ser interessante começar com um perfil comercial no Instagram. Dessa forma, você consegue expor seus itens e gerar conexão com o seu público sem precisar investir tempo ou recursos na criação de algo mais estruturado.
Lembrando que, para viabilizar os pagamentos, você pode optar pelo link de pagamento, uma solução simples, segura e eficaz para vender online sem fricção.
Mas se você já está no momento de criar o seu próprio site e escalar a sua operação, precisa se aprofundar em mais alguns conhecimentos para escolher a sua plataforma de e-commerce, serviço de hospedagem, fornecedores, entre outros aspectos.
Para te ajudar a dar esse grande e importante passo, elaboramos um material completo e gratuito. Conheça o nosso guia definitivo de como montar um e-commerce!
Quais são as estratégias de marketing para e-commerce?
A concorrência no mercado digital é grande, então, como se destacar em meio a tantos negócios? Esse é, de fato, o grande desafio dos empreendedores modernos.
Para se manter no imaginário do consumidor e ganhar reconhecimento, é preciso muito mais do que só montar uma loja virtual. Isso vai desde um atendimento de qualidade e produtos de destaque até a estratégia de marketing.
Em termos de divulgação, alguns pontos não podem ser deixados de lado, veja a seguir.
Mídia paga
Para começar a conquistar o público e escalar o seu e-commerce, é preciso investir em anúncios pagos, como no Google Ads e no Facebook Ads. Dessa forma, sua marca é exposta para mais pessoas, com chances de conquistar novos usuários.
SEO
Pensando na rentabilidade e no posicionamento de marca a longo prazo, o seu e-commerce também precisa das estratégias de SEO (Search Engine Optimization).
O SEO consiste em um conjunto de práticas para otimizar as páginas de um site com o objetivo de melhorar o seu posicionamento orgânico nos buscadores, como Google, Yahoo, entre outros.
Mídias sociais e influenciadores digitais
Essa estratégia não é obrigatória, mas é muito utilizada por seus bons resultados. Além de apenas vender na rede social, é importante contar com um plano estratégico para esse canal, gerando valor para os usuários e educando-os em relação ao seu nicho de mercado.
Assim, é possível fidelizar e criar uma legião de clientes apaixonados. Isso, aliado à estratégia de influenciadores digitais, que são pessoas com alto poder de influência no espaço digital, tem tudo para ser a fórmula de sucesso para um negócio em expansão.
Vale lembrar que para desenvolver bem qualquer uma dessas estratégias, é preciso contar com um plano estratégico de marketing que vai amarrar cada uma dessas ações, definir investimentos e principais indicadores de sucesso.
Quais são os principais KPIs para e-commerce?
Agora que já falamos sobre as possibilidades para vender online, por onde começar e como divulgar o negócio, é preciso estruturar também métricas de sucesso do empreendimento.
Afinal de contas, são os indicadores que norteiam uma tomada de decisão estratégica e dimensionam a saúde financeira de qualquer negócio.
Estes são alguns dos KPIs mais importantes para um e-commerce:
Taxa de conversão
A taxa de conversão mede a saudabilidade das suas vendas em relação ao número de acessos no site. Esse indicador é essencial de se acompanhar de perto. Isso porque não é rentável receber um volume alto de acessos na sua loja, se eles não se tornarem vendas.
Para calcular esse indicador, basta dividir o número de vendas pelo número de visitas no site e multiplicar por 100 para chegar em um valor percentual.
Ticket médio
O ticket médio avalia o valor médio das compras do e-commerce. Então, corresponde ao somatório do faturamento do mês, dividido pelo número de vendas totais.
Com esse KPI, é possível identificar se as suas vendas estão compatíveis com a realidade do mercado e, caso contrário, implementar estratégias de incremento, como a venda de combos promocionais.
CAC
Já o CAC (Custo de Aquisição de Clientes) mede o seu investimento versus a quantidade de novos clientes conquistados.
Esse indicador é muito interessante de ser relacionado com o ticket médio. Isso porque o custo de adquirir um cliente não pode ser mais alto do que o valor médio que ele consome na sua loja, afinal, isso representaria um prejuízo.
Para calcular o CAC, é preciso somar todos os investimentos feitos para a aquisição de um cliente, como o investimento em tráfego pago, e dividir pelo número de clientes adquiridos em um determinado período.
Agora que você sabe o que é e-commerce e tudo o que envolve esse modelo de negócio, é hora de aprofundar ainda mais os seus conhecimentos nesse ecossistema.
Então, confira também o artigo: Gestão financeira: o que é e quais são as melhores práticas?
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