Fraudes na Black Friday 2024: quais são as principais e como proteger seu e-commerce?

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Fraudes na Black Friday 2024: como proteger seu e-commerce?

20 de outubro de 2023 (atualizado em 18 de setembro de 2024)

A Black Friday 2024 está chegando e já é hora dos lojistas começarem a se preparar para a ocasião. Este ano, 66% dos brasileiros vão aproveitar as promoções para irem às compras, segundo um levantamento da Wake e Opinion Box.

Mas é preciso chamar atenção para um ponto importante: o cenário de fraudes na Black Friday. No ano passado, foi evitado um prejuízo de R$ 49,1 milhões em tentativas de fraude, o que equivale a cerca de 35 mil pedidos, segundo dados da ClearSale.

Fato é que tentativas de fraude fazem parte do dia a dia dos empreendedores digitais — o que não significa que podemos e devemos normalizar as perdas financeiras decorrentes de golpes.

Por isso, a atenção precisa ser redobrada durante a Black Friday, sazonalidade em que os golpistas aproveitam o maior volume de transações em lojas virtuais para se camuflarem entre os compradores.

Continue a leitura e conheça as principais soluções para se prevenir de fraudes na Black Friday 2024 e, ainda, dicas de como orientar os seus consumidores para que eles consigam evitar golpes de engenharia social!

A importância da prevenção na Black Friday

As fraudes no e-commerce, além de gerarem prejuízos financeiros ao lojista, podem desencadear maiores problemas para quem vende online. Isso porque esses golpes têm como consequência os pedidos de chargeback.

Chargeback é a contestação de uma compra. Quando o cliente tem o cartão clonado e usado no seu e-commerce, por exemplo, ao não reconhecer a compra, ele aciona a sua operadora de cartão para receber o estorno daquela compra. Esse valor sai do caixa do seu negócio, mas a questão não termina aí.

As bandeiras de cartão são as reguladoras desse mercado. Então, se uma loja recebe muitos chargebacks, as bandeiras aplicam multas e sanções ao negócio, que podem chegar a medidas extremas, como o descredenciamento. Nessa última instância, a loja não pode mais operar compras digitais.

Por isso, é de suma importância atuar preventivamente contra as fraudes. Fazendo esse trabalho prévio, também se torna mais simples fazer a contestação dos chargebacks, processo no qual o lojista reúne provas de que a compra é idônea e que o produto foi devidamente entregue.

Tipos de fraudes na Black Friday

Confira a seguir quais são os principais golpes que vêm sendo aplicados no e-commerce para prevenir o seu negócio na Black Friday 2024.

Sequestro de estoque

O sequestro de estoque é uma prática realizada, de má-fé, por varejistas que desejam gerar prejuízos financeiros para os concorrentes durante a Black Friday, principalmente médios e grandes e-commerces.

Na prática, o fraudador faz pedidos nos sites concorrentes e seleciona o pagamento por boleto. Então, aproveitando-se do prazo de vencimento de cerca de três dias do boleto, ele não realiza o pagamento e deixa os produtos fora de circulação durante alguns dias, comprometendo as vendas do e-commerce durante o período da Black Friday.

Para evitar essa situação, uma boa solução é aceitar o Pix na sua loja. Essa forma de pagamento instantâneo atende à demanda dos clientes que preferem pagar à vista e conta com a autorização da compra em cerca de 10 segundos — agilidade essa que impede a realização de fraudes como o sequestro de estoque.

Além disso, é recomendado limitar o número de pedidos por boleto durante a Black Friday com o objetivo de inibir esse tipo de prática.

Phishing

O phishing é um golpe que tem como público-alvo os consumidores. Essa técnica de engenharia social tem o objetivo de “pescar” dados sensíveis dos clientes para usá-los em golpes futuros.

Para conseguir o que desejam, os golpistas simplesmente “pedem” os dados dos usuários de maneira muito convincente.

Ou seja, se passando por uma empresa, pedindo dados para terminar um cadastro, fornecendo um link de contato, forjando um site fake de uma grande empresa, entre outras táticas.

Esse golpe tem ficado cada vez mais refinado, sendo realmente difícil distinguir o que é fraude. Por isso, é importante orientar os seus clientes quanto aos canais de comunicação usados pela sua marca e sua abordagem.

Isso porque a sua loja pode não apenas ter produtos comprados pelos fraudadores a partir do golpe, como ainda pode ser usada por eles para conseguir os dados dos consumidores. Então, além de prejuízo financeiro, isso pode manchar a imagem do seu negócio.

Pix falso

Outro golpe de engenharia social que vem ganhando cada vez mais relevância é o Pix falso. Nesse caso, os atacantes conseguem uma base de dados dos clientes da sua loja e enviam um QR Code de Pix para esses consumidores se passando pelo seu negócio.

Um método mais refinado desse golpe consiste na instalação de um malware no seu site, dando a possibilidade do golpista redirecionar o cliente diretamente para um Pix de propriedade do fraudador.

Nesses casos, o cliente faz a transferência e tempos depois aciona a sua loja por não ter recebido o produto.

Para evitar esse tipo de fraude, é essencial investir em barreiras de segurança tecnológica para evitar vulnerabilidades no site, ter uma marca e comunicação fortes e, principalmente, não enviar QR Code de Pix por nenhum outro canal, sempre incentivando o cliente a fazer o pagamento no checkout da loja ou link de pagamento.

Também é importante fazer uso do QR Code dinâmico, que já conta com todas as informações de sua loja e do pedido, expirando assim que o cliente faz o pagamento.

Fraude de boleto

A partir de um vírus instalado no computador do cliente, chamado de bolware, os golpistas conseguem alterar o código de barras do boleto no momento em que o mesmo está sendo gerado no seu site.

Dessa forma, os fraudadores alteram a conta recebedora e até o valor do boleto. Assim, quando o cliente faz o pagamento do mesmo, a quantia não chega até o lojista, mas sim ao golpista.

Nesse caso, é de suma importância que os clientes façam uso de antivírus e que chequem os dados do recebedor (lojista) e seus próprios dados no boleto. A sua loja pode fornecer esse tipo de instrução aos consumidores, como medida preventiva.

Fraude omnichannel

O clique e retire é um método logístico que permite o consumidor fazer a compra por um canal digital e retirar o produto presencialmente, na loja ou ponto de coleta mais próximo, encurtando o prazo de entrega e o custo do frete.

No entanto, aqui vale a atenção dos lojistas, pois os fraudadores têm se aproveitado dessa comodidade. Ao buscar o item presencialmente, não precisam ceder informações que contribuam para a sua identificação e garantem o produto em mãos muito mais rápido para repassá-los.

Uma boa prática para prevenir esse tipo de golpe é exigir a apresentação do documento de identificação do comprador e/ou o cartão que foi utilizado na compra para a retirada do produto.

Aliciamento de colaborador

Nesse tipo de golpe, os fraudadores aliciam colaboradores de empresas para obter informações sigilosas em troca de quantias. Esse tipo de golpe é complexo, pois não há tecnologia que possa prevenir essa ação.

Para evitar essa fraude, é importante fazer campanhas de conscientização na empresa, investir em segurança da informação, ter um rigoroso controle de acesso e credenciais e trabalhar com dupla validação de atividades críticas — assim, qualquer modificação necessária precisa passar pela aprovação de mais uma pessoa.

Por fim, é importante trabalhar com canais anônimos de denúncia, para que outros colaboradores sintam-se seguros para denunciar qualquer atividade suspeita.

Testes de cartão por força bruta

Ao adquirirem uma vasta base de dados contendo informações de cartões de crédito, seja por meio de fraudes ou clonagens, os atacantes precisam validar a eficácia desses dados antes de executar seus golpes.

Para isso, eles realizam transações de baixo valor em um e-commerce vulnerável, num processo conhecido como "aquecimento" ou "teste" dos cartões.

Nesse método, os golpistas efetuam múltiplos pedidos de pequeno valor utilizando os cartões adquiridos, verificando se as transações são autorizadas.

Cartões que passam nesse teste preliminar são, então, utilizados em compras de ticket médio mais elevado, geralmente envolvendo produtos de alta demanda no mercado, como smartphones e eletrônicos.

Esses itens são escolhidos estrategicamente, pois podem ser revendidos rapidamente, permitindo que os fraudadores lucrem antes que a fraude seja detectada.

Vale destacar que a compra de ticket médio mais alto pode ser feita no mesmo e-commerce ou em outro. Então, é importante ter atenção em:

  1. vários produtos pequenos sendo comprados ao mesmo tempo na sua loja;
  2. uso do mesmo cartão de crédito em mais de um pedido;
  3. uso de um cartão de crédito mais de uma vez em pedidos de valor mais baixo e, na sequência, de um valor elevado.

E, claro, tudo isso levando em consideração as especificidades do seu modelo de negócio e com conhecimento do perfil de compra dos seus clientes.

7 dicas para proteger o seu e-commerce de fraudes da Black Friday

Confira algumas dicas para tornar o seu negócio mais rentável e seguro, sobretudo na Black Friday.

1. Adquira um certificado de segurança

Um passo básico para garantir a proteção de qualquer loja online é adquirir um certificado SSL. Trata-se de uma tecnologia que assegura que todos os dados preenchidos pelo usuário no seu site sejam enviados de forma criptografada ao servidor.

Isso é muito importante para proteger os consumidores de tentativas de invasões e roubos de dados por pessoas mal-intencionadas, resguardando também o seu e-commerce de possíveis problemas com segurança de dados.

Sabe aquele cadeado que aparece ao lado da URL na barra de navegação? Esse símbolo indica para o cliente que o site é certificado e protege, portanto, os seus dados, transmitindo mais confiança para que ele compre na loja.

2. Capacite a equipe do e-commerce

É fundamental capacitar a equipe do seu e-commerce sobre os riscos das transações digitais e o que é possível fazer para evitar fraudes e golpes na loja.

Antes da Black Friday, faça treinamentos com todos os colaboradores, desde o time de atendimento até as pessoas que cuidam de processos mais operacionais.

Eles devem entender como funcionam os principais tipos de fraudes e conhecer bem o padrão de comportamento dos consumidores. Assim, será possível identificar atividades suspeitas e resolvê-las com agilidade.

Além disso, a equipe deve ter em mente as melhores práticas para se prevenir de fraudes no dia a dia do e-commerce, como verificar se os clientes receberam os produtos corretamente e certificar-se de que todos os pedidos tenham um comprovante de entrega assinado.

3. Conte com um sistema antifraude

A principal maneira de garantir que o seu e-commerce não passe por fraudes da Black Friday é contar com um antifraude.

Essa é uma ferramenta indispensável para automatizar a análise de risco dos pedidos feitos no seu site e reduzir os seus prejuízos com fraudes e golpes.

Os sistemas antifraude utilizam mecanismos de Inteligência Artificial para fazer análises detalhadas dos comportamentos de compra dos usuários e identificar possíveis atividades fraudulentas no seu e-commerce.

A partir do cruzamento de diferentes variáveis, como informações cadastrais, geolocalização, histórico de compras e últimos sites acessados pelo usuário, o antifraude atribui um grau de risco à transação, aprovando-a ou não.


Dashboard de transações do Pagar.me

Exemplo de visualização na dashboard do Pagar.me após as transações passarem pelo antifraude


Dessa forma, a sua loja virtual recebe uma camada adicional de proteção contra tentativas de fraudes no fluxo das suas transações.

4. Entenda os padrões de compra dos clientes

Mesmo contando com as análises automáticas de um sistema antifraude, é importante entender os comportamentos de compra dos seus clientes, para que você possa tomar decisões mais assertivas no caso de transações suspeitas.

Esse procedimento chama-se análise manual de fraude. Nesse caso, a própria equipe do e-commerce analisa os dados dos clientes para aprovar a transação, após a análise automática do antifraude. Também é possível contratar esse serviço terceirizado.

O objetivo é diminuir o número de falsos-positivos, que são os pedidos que o sistema antifraude nega, mas que são de compradores legítimos.

Para absorver uma análise de fraude manual na sua operação, é preciso conhecer o seu público-consumidor: região do país, idade, tempo de navegação, ticket médio dos pedidos, formas de pagamento preferidas, entre outros.

Em última instância, deve-se fazer as verificações de contato junto ao cliente para garantir uma boa experiência de compra e não prejudicar um consumidor idôneo.

5. Conheça também os fraudadores

Além de conhecer os hábitos de compra do seu cliente, busque identificar também a forma de atuação dos fraudadores.

Por exemplo, é muito comum que os golpistas invistam esforços em adquirir produtos de alto valor agregado e de grande apelo no mercado, com o objetivo de revendê-los bem mais barato de maneira ilegal. Outra estratégia é fazer os testes com cartões, que explicamos anteriormente.

Nesse sentido, você pode se prevenir mapeando os produtos desse perfil dentro do seu e-commerce que possam ser alvo de golpes e ter uma atenção redobrada para a demanda deles.

Também é importante usar dados da ferramenta de CRM a favor do seu negócio na prevenção às fraudes, acompanhando o histórico de compra dos clientes e também dos golpistas. Por exemplo, uma informação valiosa para mitigar golpes é ter um histórico dos cartões fraudados ou bloqueados como possível fraude.

6. Utilize um meio de pagamento seguro

Para garantir a segurança contra fraudes da Black Friday, bem como uma boa experiência de compra para o cliente, é essencial contar com um meio de pagamento online seguro.

Durante a Black Friday, quando geralmente é registrado um maior volume de compras, essa tecnologia torna-se ainda mais importante para proteger os dados dos consumidores e blindar o seu e-commerce de problemas com segurança e fraudes.

O ideal é utilizar uma solução que apresente um sistema antifraude integrado, oferecendo mais praticidade para o seu negócio, e que também tenha certificações de segurança da informação.

O PCI Compliance é o padrão internacional mais reconhecido no mercado de pagamentos, garantindo que todos os dados sensíveis de cartão processados pelo sistema são criptografados.

7. Preze pela estabilidade, mas se garanta com a redundância

Quando o assunto é Black Friday, nada pode dar errado. Afinal, estamos falando da data mais importante para o varejo digital. Então, para garantir a segurança do seu e-commerce e o seu pleno funcionamento, é importante sempre contar com um plano B.

A nível de serviço, isso significa que você deve priorizar sempre trabalhar com os melhores parceiros de negócio, que garantam um bom suporte e estabilidade operacional durante a ocasião.

Mas, ainda assim, é prudente contratar provedores secundários de infraestrutura e serviços, com o objetivo de colocá-los em atividade em caso de instabilidades do primeiro player.

Leia também: 6 dicas de tecnologia para ter sucesso na Black Friday

Pagar.me: mais segurança para as suas vendas!

O Pagar.me é uma solução completa e segura para você receber pagamentos online no seu negócio. Confira as vantagens que nossa tecnologia oferece para você vender com segurança e prevenir fraudes na Black Friday 2024:

  • Antifraude integrado: nosso sistema faz análises automáticas e atribui um grau de risco para todas as suas vendas, identificando e bloqueando transações suspeitas;
  • Certificação PCI Compliance: todos os dados transacionados pela nossa tecnologia são criptografados no servidor, garantindo a segurança do processo para todos os envolvidos;
  • Alta estabilidade: nossa infraestrutura é capaz de processar milhares de transações por segundo e se manteve 100% estável nas últimas edições da Black Friday.

Quer aproveitar todas essas vantagens para vender com mais eficiência e segurança na Black Friday 2024? Cadastre-se no Pagar.me ou entre em contato para saber mais sobre a nossa solução!


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