A definição do modelo de receita é um fator crucial para a lucratividade e escalabilidade do negócio, sendo um importante diferencial para garantir a sua longevidade em mercados altamente competitivos.

Já conhece os principais modelos de receita que você pode explorar no seu empreendimento? De vendas avulsas de produtos até assinaturas e serviços freemium, as possibilidades são inúmeras.

Pensando nisso, preparamos este conteúdo para ajudar a esclarecer as diferenças entre os modelos de receita mais utilizados e como identificar o ideal para o seu negócio. Acompanhe!

O que é modelo de receita?

O modelo de receita é a forma como uma empresa monetiza seus produtos ou serviços. Em outras palavras, é o conjunto de estratégias utilizadas para gerar faturamento a partir da comercialização das soluções do empreendimento.

A definição do modelo de receita é um importante processo do planejamento estratégico, delineando as fontes de receita para a sobrevivência e crescimento do negócio.

Vale destacar que o modelo de receita faz parte do modelo de negócio. Esse é um conceito mais abrangente que envolve como a empresa oferece valor para o cliente e funciona operacionalmente para gerar lucro.

Por que se atentar à definição do modelo de receita?

A escolha do modelo de receita impacta diretamente a forma como a empresa ganha dinheiro. Isso significa que definir estratégias claras é essencial para manter a saúde financeira e a eficiência operacional do negócio, garantindo a sua longevidade.

O modelo de receita ainda é um importante fator para a tomada de decisão da empresa, ajudando na precificação de produtos, alocação de recursos e desenvolvimento de soluções que maximizem a geração de lucro.

Outro ponto importante é que um modelo de receita bem definido costuma aumentar a confiança dos investidores no empreendimento. Dessa forma, ele também pode ajudar na captação de investimentos financeiros.

Quais são os principais modelos de receita?

Na era das startups, há uma série de modelos de receita inovadores que podem ser implementados pelos negócios. Conheça os principais deles!

1. Modelo de receita por transação

Nesse modelo, a geração de receita está diretamente ligada ao volume de transações do negócio, que pode variar ao longo do tempo, de acordo com sazonalidades do mercado, capacidade de produção e outros fatores.

Esse é um dos modelos de receita mais tradicionais, funcionando a partir da venda avulsa de produtos ou serviços, seja para o consumidor final (B2C) ou para outras empresas (B2B).

Essa é a estratégia utilizada pela maioria das marcas de bens de consumo e varejistas, tanto no comércio físico quanto no e-commerce. As vendas também podem ser diretas ou indiretas, ou seja, realizadas com ou sem a presença de intermediários.

O funcionamento do modelo é simples, com preços fixos por unidade, e geralmente oferece uma ampla variedade de opções para os consumidores. Por outro lado, exige um plano de marketing robusto para atrair um fluxo constante de clientes.

2. Modelo de receita recorrente

Esse modelo de receita é baseado na contratação de assinaturas, ou seja, cobranças recorrentes para garantir o acesso contínuo a um determinado produto ou serviço.

É o caso de academias, cursos online, clubes de assinatura, soluções SaaS (Software as a Service), portais de conteúdo e serviços de streaming, por exemplo.

A recorrência garante uma receita previsível para o negócio, além de oferecer uma experiência automatizada e incentivar o engajamento dos clientes. Porém, é preciso entregar valor continuamente para manter a satisfação e a fidelização dos assinantes.

3. Modelo de receita baseada em anúncios

A publicidade também pode ser uma grande fonte de receita. A estratégia consiste na concessão de espaços para a veiculação de anúncios para os usuários ou o público da empresa.

Essa é uma técnica de monetização muito utilizada por redes sociais, mecanismos de busca e portais de conteúdo, como Google e Meta. Mais recentemente, varejistas também têm implementado esse modelo de receita por meio do Retail Media.

Os anunciantes geralmente são cobrados por cliques, impressões ou aquisições geradas a partir dos anúncios.

O funcionamento desse modelo depende de um alto volume de tráfego nas plataformas, assim como um público-alvo qualificado. Além disso, é preciso considerar o impacto da veiculação de anúncios na experiência do usuário.

4. Modelo de receita de afiliados

A estratégia de afiliados pode ser considerada uma evolução das vendas por comissão, sendo uma técnica amplamente utilizada no mercado digital, principalmente no setor de infoprodutos.

As redes de afiliados geralmente são compostas por influenciadores, produtores de conteúdo, proprietários de sites e outros indivíduos que divulgam produtos e serviços para suas próprias bases de contato e públicos.

A partir de links rastreáveis, que permitem acompanhar os resultados gerados por cada afiliado, eles recebem uma comissão pelas ações realizadas pelos usuários a partir das suas divulgações, como cliques e conversões.

Atualmente, existem várias plataformas de afiliados que fazem a intermediação entre os vendedores e as marcas que desejam impulsionar suas vendas.

5. Modelo de receita freemium

No modelo freemium, uma versão básica e limitada de um produto é oferecida gratuitamente para o usuário. Assim, ele é incentivado a conhecer a solução e, caso queira utilizar a versão completa, basta pagar pelos recursos e serviços premium.

A promessa de um produto grátis facilita a aquisição de clientes e incentiva a experimentação do produto, sem comprometer a rentabilidade do negócio.

No entanto, é preciso desenvolver uma estratégia equilibrada, oferecendo uma boa experiência na versão gratuita, mas que também incentive o usuário a pagar pelas funcionalidades adicionais.

Vale destacar que o prazo para obter retorno sobre o investimento pode ser longo, nesse caso.

O modelo é muito utilizado por soluções SaaS, como plataformas de e-mail marketing e serviços de armazenamento na nuvem, e até mesmo redes sociais, como o LinkedIn.

6. Modelo de receita baseado em licenciamento

Algumas empresas comercializam licenças para o uso de tecnologias ou conteúdos por outras empresas e usuários. É o caso de bancos de imagem e empresas de software, por exemplo.

O modelo é bastante flexível, com o acordo de licenciamento podendo funcionar de acordo com fatores como número de usuários, tempo do contrato, visitas e produtos cadastrados.

Para garantir a lucratividade do negócio e também proteger a sua propriedade intelectual, a elaboração do contrato e o processo de precificação devem ser realizados com cuidado.

Como escolher o modelo de receita ideal para o seu negócio?

Existem inúmeros modelos de receita que podem ser explorados, cada um com suas vantagens e desvantagens.

Inclusive, não é preciso escolher apenas um, sendo possível utilizar modelos híbridos para melhor atender às suas necessidades e potencializar a geração de receita do seu negócio.

Para definir a estratégia ideal para a sua empresa, alguns dos fatores que devem ser levados em consideração são:

• particularidades do seu nicho de mercado;
• modelo de negócio geral;
• indicadores financeiros como Custo de Aquisição de Clientes (CAC) e Lifetime Value (LTV);
• características e comportamentos do público-alvo;
• proposta de valor e diferenciais do produto ou serviço;
• análise da concorrência.

O mais importante é desenvolver uma estratégia que seja condizente com a realidade e os objetivos do negócio. Assim, você chegará a um modelo de receita que maximize o faturamento e a lucratividade do seu empreendimento.

Após entender a importância do modelo de receita, quer se aprofundar em outros temas de gestão financeira? Então, descubra como funciona a conciliação financeira e como conduzir esse processo corretamente!