Hiperpersonalização: o que é e como implementar essa tendência no seu negócio?
E-commerce
26 de janeiro de 2024
O aperfeiçoamento das técnicas e tecnologias de coleta e análise de dados tem permitido oferecer uma experiência de compra cada vez mais customizada para as necessidades e desejos dos consumidores.
Como resultado, uma tendência que se desponta no e-commerce e no varejo como um todo é a chamada hiperpersonalização.
De acordo com um relatório do Opinion Box, 72% dos consumidores esperam que as empresas os reconheçam como indivíduos únicos, sendo capazes de identificar os seus interesses particulares.
Com o desenvolvimento de ferramentas de Inteligência Artificial, é possível promover essa experiência que os clientes buscam, recomendando os produtos, serviços, ofertas e conteúdos mais adequados para cada comprador.
Quer destacar o seu negócio por meio dessa estratégia? Siga a leitura para entender o que é a hiperpersonalização e como implementá-la no seu empreendimento!
O que é hiperpersonalização?
A hiperpersonalização é uma estratégia que busca oferecer uma experiência altamente customizada para o consumidor, atendendo às suas necessidades, comportamentos e desejos específicos ao longo de toda a jornada de compra.
Por meio do uso de tecnologias de análise de dados em tempo real, como IA e Machine Learning, essa técnica se baseia no histórico de informações e interações dos clientes em todos os pontos de contato com a marca.
A partir disso, é possível prever e oferecer soluções sob medida para as suas necessidades, adaptando produtos, serviços, ofertas, atendimento, ações de marketing e vendas a essas singularidades.
Diferenciais da estratégia de hiperpersonalização
O grande diferencial da hiperpersonalização é que ela vai além de uma simples estratégia de segmentação do público.
Em uma segmentação tradicional de audiência, são consideradas informações mais simples, como dados demográficos e histórico de compras, para mapear perfis similares de consumidores e atingi-los com recomendações de produtos personalizadas.
Já na hiperpersonalização, são utilizadas tecnologias mais avançadas, capazes de processar um alto volume de dados.
Assim, é possível analisar informações mais detalhadas, como comportamentos e preferências particulares, para traçar um perfil individual do contexto de cada consumidor.
Além disso, a hiperpersonalização não só atende às necessidades de cada consumidor, mas também é capaz de antecipá-las e supri-las.
Com isso, as marcas podem oferecer uma experiência realmente única e adaptada para o cliente em cada canal, reduzindo as fricções em toda a sua jornada e criando um relacionamento mais próximo com ele.
Como a hiperpersonalização funciona na prática?
O uso de sistemas de coleta e análise de dados avançados abre a possibilidade de uma série de aplicações para a hiperpersonalização. Isso significa que é possível ir além das tradicionais sugestões de produtos baseadas no histórico de compras do cliente.
A hiperpersonalização faz uma análise granular dos comportamentos, características, preferências e contextos do consumidor, permitindo adequar diferentes processos e estratégias que impactam toda a sua jornada.
Um estudo da Deloitte mapeia nove exemplos de aplicações da hiperpersonalização ao longo da jornada de compra:
- Publicidade personalizada: criação e apresentação de anúncios que sejam únicos e relevantes para os consumidores;
- Landing pages exclusivas: direcionamento dos usuários para diferentes páginas de destino, de acordo com informações como sua geolocalização e histórico de visitas online;
- Ferramentas de recomendação: sugestão de conteúdos, produtos e serviços adaptados para as necessidades e desejos de cada comprador;
- Preços e ofertas dinâmicos: adaptação de preços e ações promocionais de acordo com a propensão de cada consumidor à conversão;
- Chatbots: uso de mecanismos de IA conversacional para oferecer serviços personalizados e solucionar as dúvidas e problemas do cliente em tempo real;
- Atendimento omnichannel: integração das bases de dados para que seja possível reconhecer clientes de canais tanto presenciais quanto digitais;
- Aplicações pré-preenchidas: uso de dados já existentes dos clientes para o pré-preenchimento de documentos, processos e aplicações necessárias;
- Notificações em tempo real: envio de atualizações sobre status de envio de pedidos, promoções e reposições, com base no histórico de cada consumidor;
- Programas de fidelidade e reengajamento: utilização das informações dos clientes e microssegmentação para envio de comunicações altamente personalizadas e contextualizadas.
Por que oferecer uma experiência hiperpersonalizada para o cliente?
A adoção de estratégias de personalização por grande parte das empresas tem elevado as expectativas dos consumidores em relação à experiência que desejam receber de uma marca.
Uma pesquisa da McKinsey aponta que 71% dos consumidores esperam ter interações personalizadas com as empresas, sendo que 76% se frustram quando essa expectativa não é atendida.
Sendo assim, investir em hiperpersonalização é uma estratégia que vai de encontro com o próprio comportamento do consumidor atual, sendo fundamental para manter os negócios competitivos diante do mercado.
Como resultado, o mesmo estudo da McKinsey estima que a hiperpersonalização gera um aumento médio de 10% a 15% de receita para as empresas.
Concluindo, podemos dizer que essa estratégia oferece diversas vantagens para os empreendimentos, incluindo:
- conhecimento mais aprofundado do consumidor;
- maior assertividade das campanhas de marketing e vendas;
- atração de novos leads e clientes;
- redução do custo de aquisição de clientes (CAC);
- aumento das vendas e do faturamento;
- fortalecimento da marca no mercado;
- maior engajamento e conexão do público com a empresa;
- fidelização dos clientes e aumento do lifetime value;
- otimização das estratégias de cross selling;
- aumento do ticket médio do negócio.
Como implementar a hiperpersonalização no seu negócio?
Aplicar uma estratégia de hiperpersonalização com sucesso envolve a implementação de tecnologias e processos extremamente importantes. Descubra alguns dos elementos essenciais para a operacionalização dessa tendência!
1. Coleta e análise de dados
A hiperpersonalização é uma estratégia totalmente data-driven. Para implementá-la, é preciso ter acesso a uma base de dados robusta sobre as características e comportamentos dos seus consumidores, indo além de simples informações demográficas.
Sendo assim, o primeiro passo para oferecer uma experiência hiperpersonalizada é a coleta de dados detalhados e precisos, incluindo informações comportamentais, navegacionais, psicográficas e geográficas.
Uma boa prática é combinar o uso de first-party data, que são dados próprios coletados diretamente pelos canais da empresa, ao uso de third-party data, que são dados fornecidos por empresas terceiras, como redes sociais.
Isso permite obter uma visão mais precisa e abrangente das preferências e comportamentos atuais dos clientes, contribuindo para a assertividade da sua estratégia de hiperpersonalização.
Cuidado com o armazenamento e tratamento de dados!
A coleta e o uso de dados dos consumidores devem ser pautados por transparência e ética, seguindo as determinações da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Portanto, lembre-se de sempre pedir o consentimento do usuário em relação ao armazenamento e ao uso das suas informações, informando-os sobre quais dados serão coletados e como eles serão utilizados pela empresa.
Essa prática é essencial para manter a conformidade regulatória do negócio, além de estabelecer uma relação de confiança com os clientes.
2. Investimento em tecnologia
Para garantir a coleta, tratamento, integração e análise adequada dos dados dos consumidores, é preciso investir em tecnologias robustas e seguras, que atendam às necessidades do seu negócio.
Nesse cenário, sistemas movidos por mecanismos de IA e Machine Learning desempenham um importante papel.
Essas tecnologias possibilitam o processamento e a análise de grandes volumes de dados, aprendendo e aprimorando continuamente a sua compreensão e capacidade preditiva do comportamento do consumidor.
Além disso, elas permitem automatizar ações para a entrega das experiências hiperpersonalizadas aos clientes, como envio de ações promocionais e comunicações, recomendações de produtos e atendimento ao cliente.
3. Oferta de experiências individualizadas
A partir da análise de todos os dados coletados, é hora de identificar gargalos e oportunidades para implementar a hiperpersonalização ao longo da jornada do consumidor.
Como mencionamos, para escalar essa operação, é essencial investir em sistemas de automação.
Lembrando que o foco aqui é oferecer experiências realmente únicas para cada cliente, levando em consideração os seus desejos, dores e preferências particulares. Assim, é possível eliminar potenciais fricções e encantá-lo em todos os pontos de contato com a marca.
Para finalizar, não se esqueça de monitorar periodicamente a performance das suas campanhas de hiperpersonalização, acompanhando indicadores de desempenho e coletando feedback diretamente dos clientes.
Concluindo, a hiperpersonalização é uma tendência em ampla expansão no varejo e em todo o mercado, mas que demanda um investimento estratégico em tecnologia e automação para alcançar os seus objetivos.
A estratégia também está diretamente ligada a outra tendência: a integração de todos os canais, sistemas e bases de dados de uma empresa, a partir de uma plataforma centralizada. Para saber mais sobre esse assunto, leia nosso conteúdo sobre Unified Commerce!
Você também vai gostar..
26, novembro, 2024
Fulfillment: o que é, principais etapas e como funciona?
21, novembro, 2024
UGC (Conteúdo Gerado pelo Usuário): o que é e como incentivar?
18, novembro, 2024