5 forças de Porter: o que são e como analisá-las no seu negócio?
E-commerce
4 de janeiro de 2023
Entender a competitividade do mercado onde o seu negócio está inserido é fundamental para o planejamento estratégico de uma empresa. As 5 forças de Porter são uma ferramenta de análise que podem ajudar os empreendedores nesse passo.
Criado pelo professor Michael Porter ainda na década de 70, esse modelo é muito utilizado pelas organizações para aprofundar os seus estudos sobre o mercado e otimizar as suas estratégias de negócio.
Quer saber mais sobre as forças de Porter e como implementar essa ferramenta no seu empreendimento? Siga a leitura e prepare-se para anotar os principais pontos!
O que são as 5 forças de Porter?
As 5 forças de Porter são um modelo de análise da competitividade entre empresas de um mercado. A ferramenta foi proposta pelo professor americano Michael Porter, em um artigo da revista Harvard Business Review, em 1979.
O objetivo é estudar as principais forças que atuam no ambiente externo de uma empresa, influenciando a sua capacidade de atender os clientes e o seu potencial de lucratividade. Essas forças são:
- Rivalidade entre os concorrentes;
- Ameaça de produtos substitutos;
- Ameaça de entrada de novos concorrentes;
- Poder de negociação dos clientes;
- Poder de negociação dos fornecedores.
Mais à frente, vamos nos aprofundar em cada uma das 5 forças de Porter, para você entender como analisá-las no seu negócio.
Por que aplicar essa ferramenta no seu negócio?
Por meio da análise das 5 forças de Porter, é possível ter uma visão aprofundada do ambiente externo da empresa, sobre o qual ela não tem nenhum controle e que pode trazer tanto ameaças quanto oportunidades.
O diferencial desse modelo é que ele não considera somente os concorrentes diretos e os fatores macroambientais, mas aspectos do microambiente que podem afetar a competitividade do mercado.
A partir da análise desses pilares, é possível definir o melhor posicionamento estratégico que deve ser adotado pela empresa diante da concorrência.
Dessa forma, a ferramenta pode contribuir bastante para o sucesso da organização no mercado, sendo recomendada para empreendimentos de qualquer tamanho e setor de atuação.
Como analisar as 5 forças de Porter?
Para ficar claro como você deve analisar as 5 forças de Porter no seu negócio, vamos nos adentrar em cada uma delas!
1. Rivalidade entre os concorrentes
Essa é a força competitiva mais conhecida, que consiste na disputa entre as empresas para atrair o público de um mesmo mercado-alvo. Geralmente, os seguintes aspectos indicam uma maior rivalidade entre os concorrentes:
- muitos concorrentes de tamanho e poder similares;
- lentidão no crescimento do mercado;
- baixo nível de diferenciação entre os produtos oferecidos;
- grandes barreiras de saída, ou seja, fatores que impedem a saída de uma empresa do setor, como dificuldade para vender os equipamentos utilizados a terceiros.
Vale destacar que, quanto maior for a rivalidade entre os players do setor, mais agressivas se tornam as estratégias promocionais das empresas em busca de aumentar a sua participação de mercado.
Esse cenário costuma levar a uma forte competição por preços, reduzindo as margens de lucro dos negócios.
2. Ameaça de produtos substitutos
Como o nome já sugere, produtos substitutos são aqueles que atendem às mesmas necessidades ou realizam as mesmas funções que outras mercadorias, podendo ser utilizados como alternativas a elas.
É importante ter em mente que os produtos substitutos podem ser de diferentes categorias. Uma caixa de bombons pode ser um substituto para um kit de sabonetes, para uma pessoa que deseja presentear um familiar, por exemplo.
Quanto mais produtos substitutos existirem no mercado, maior é a ameaça ao seu negócio. Nesse sentido, vale ficar de olho principalmente nos produtos que apresentam melhor custo-benefício, são complexos de reproduzir ou são altamente inovadores.
3. Ameaça de entrada de novos concorrentes
Qual é o nível de dificuldade para novos concorrentes entrarem no seu mercado? Esse é o principal ponto que deve ser analisado nesta força de Porter.
Quanto mais fácil for a entrada de um novo player no setor, maior é a ameaça competitiva ao seu negócio, podendo significar uma perda da sua fatia de mercado.
Sendo assim, é importante entender como você pode dificultar ou barrar a entrada desses concorrentes, por meio de uma estratégia de diferenciação ou especialização, por exemplo.
Algumas das principais barreiras à entrada de uma nova empresa no mercado são:
- marcas bem consolidadas;
- diferenciação dos produtos;
- acesso dificultado aos canais de distribuição;
- existência de patentes, direitos de uso ou contratos de exclusividade;
- políticas governamentais restritivas;
- necessidade de alto capital para investimentos;
- desvantagem de custos, em função de economias de escala, por exemplo.
4. Poder de negociação dos fornecedores
Os fornecedores, sejam de matéria-prima, serviços ou produtos para revenda, também exercem uma grande influência na competitividade de um mercado.
Afinal, quanto maior for o poder de negociação de um fornecedor, mais fácil é para ele elevar os preços, reduzindo a lucratividade ou a atratividade do negócio e comprometendo a sua posição competitiva no mercado.
Em geral, os fornecedores são mais poderosos quando:
- oferecem produtos altamente diferenciados;
- são poucos, concentrando o mercado e não competindo com produtos substitutos;
- o setor em questão não é essencial para o seu faturamento;
- há a possibilidade de venderem diretamente para os consumidores finais (estratégia conhecida como D2C);
- os custos para a mudança de fornecedor são altos.
Para não ficar nas mãos de um único fornecedor, uma boa prática é sempre contar mais de um parceiro.
5. Poder de negociação dos clientes
De forma semelhante aos fornecedores, os clientes também apresentam um determinado poder de negociação.
Um exemplo comum é quando há pouca demanda e muita oferta de um produto. Nesse caso, o consumidor tem um maior poder de barganha, podendo pressionar as empresas por preços mais baixos, aumentando a competitividade do mercado.
Em uma situação inversa, quando existe uma grande procura por uma mercadoria e poucas empresas oferecendo-a, o cliente tem um menor poder de negociação e os empreendimentos têm maior controle sobre o mercado.
Segundo Porter, o poder de barganha dos compradores costuma ser maior quando:
- eles são poucos ou costumam comprar em grande volume;
- há baixa diferenciação dos itens, com a presença de produtos substitutos;
- existem clientes essenciais para o faturamento da empresa.
Como colocar as forças de Porter em prática?
Para finalizar nosso conteúdo com chave de ouro, reunimos algumas dicas para você colocar em prática as 5 forças de Porter no seu negócio. Olha só:
- Faça uma pesquisa de mercado: a análise das forças de Porter deve ser baseada em dados reais. Portanto, vale fazer uma pesquisa de mercado ou práticas de benchmarking para obter informações mais precisas sobre os clientes, concorrentes e demais envolvidos;
- Inclua a análise no seu planejamento estratégico: os resultados da ferramenta devem ser incluídos no plano, para que possam ser consultados a qualquer momento. Também é essencial atualizar a sua análise sempre que houver alguma transformação relevante no mercado;
- Defina um posicionamento a partir dos insights: a partir da análise das 5 forças de Porter, é hora de determinar como a empresa se posicionará no mercado, priorizando a diferenciação ou os custos, por exemplo.
E aí, o que achou da ferramenta das forças de Porter? Esse é um modelo de análise muito utilizado e que certamente oferecerá insights muito valiosos para o crescimento do seu negócio.
Levando em conta que a precificação é um processo fundamental para a construção das suas estratégias competitivas, você também pode gostar do nosso conteúdo sobre como calcular o preço de venda dos seus produtos. Confira agora!
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