Autofraude: o que é e como evitar esse tipo de fraude no e-commerce?
E-commerce
1 de março de 2024
Não é segredo que os chargebacks podem representar um grande problema para quem trabalha com vendas online. É por isso que os empreendedores digitais precisam tomar muito cuidado com compras fraudulentas em seus negócios.
Dentre as mais comuns e desafiadoras no e-commerce, está a autofraude, que é realizada de má-fé pelo próprio portador do cartão de crédito.
Ainda não sabe como esse tipo de fraude funciona e como se proteger dele? Leia este conteúdo para entender mais a fundo sobre a autofraude!
O que é autofraude?
Autofraude é um tipo de fraude na qual o cliente faz uma compra online com seu cartão de crédito e, então, realiza a sua contestação.
Trata-se de uma prática maliciosa, realizada de má-fé pelo próprio titular do cartão. O objetivo é solicitar o chargeback para receber o estorno da transação, mesmo tendo feito o pedido e recebido o produto.
Para isso, geralmente, o cliente alega desacordo comercial ou fraude ao emissor do cartão, afirmando que não reconhece a compra em sua fatura ou que não recebeu as mercadorias adquiridas, por exemplo.
Diferença para outros tipos de fraude
A principal particularidade da autofraude é que ela é realizada pelo portador do cartão utilizado na compra. Isso torna esse tipo de golpe mais difícil de ser identificado, uma vez que o fraudador utiliza seus próprios dados na transação.
Dessa maneira, a autofraude se diferencia da fraude amigável e da fraude deliberada, por exemplo. Entenda abaixo como essas duas funcionam.
Fraude amigável
A fraude amigável acontece quando o cliente não reconhece uma compra legítima em sua fatura, não havendo necessariamente intenção de falsificação.
Duas situações comuns, por exemplo, são quando uma pessoa próxima do portador do cartão utiliza os seus dados para fazer uma compra, sem o seu conhecimento, ou quando o próprio cliente realiza o pedido, mas o nome que aparece na fatura é diferente daquele da loja.
Fraude deliberada
Já a fraude deliberada acontece por meio de compras fraudulentas, realizadas com cartões de crédito que foram roubados ou clonados, seja por meio de engenharia social ou ataques de força bruta a bancos de dados.
Nesse caso, o golpista utiliza os dados de uma pessoa idônea para fazer pedidos no e-commerce. Então, quando o portador do cartão percebe a cobrança indevida em sua fatura, ele realiza a solicitação de chargeback.
Impactos da autofraude para o seu negócio
Como mencionamos, a autofraude é difícil de identificar, porque o cliente geralmente utiliza dados cadastrais e de pagamento legítimos para fazer a compra.
Além disso, ele ainda pode ter um histórico saudável no e-commerce e, mesmo que passe por uma confirmação manual do pedido, pode confirmar a compra e solicitar o chargeback posteriormente.
Dessa forma, muitas vezes, o lojista só percebe a fraude quando recebe o pedido de contestação da compra via a instituição emissora do cartão.
A essa altura, o cliente já recebeu o produto comprado e, caso não consiga contestar o chargeback, o empreendedor é obrigado a realizar o estorno do pagamento e ainda fica sem a mercadoria.
Também vale destacar os riscos de um alto índice de chargeback, que, se ultrapassar os limites determinados pelas bandeiras, pode levar a multas e até mesmo descredenciamento junto às operadoras e bandeiras de cartão.
Como proteger o seu e-commerce da autofraude?
Apesar de ser uma fraude difícil de se detectar, é possível contar com a ajuda da tecnologia e de boas práticas para proteger o seu e-commerce da autofraude. Entenda abaixo!
Análise de comportamento das compras
O uso de mecanismos antifraude é fundamental para evitar a autofraude. Por meio de tecnologias de Inteligência Artificial, esses sistemas realizam análises automáticas dos comportamentos das transações.
A partir do cruzamento de uma série de dados e padrões, que incluem informações cadastrais e histórico de consumo e navegação, eles atribuem um grau de risco a cada transação, identificando e bloqueando compras suspeitas.
Os clientes que aplicam a autofraude, por exemplo, costumam adquirir produtos mais caros, sem realizar um longo processo de busca por preços ou avaliações dos itens previamente. Eles também podem utilizar informações cadastrais diferentes, para dificultar o seu rastreamento.
Vale destacar que os antifraudes ainda contam com mecanismos de Machine Learning, aprimorando a assertividade e eficácia da tecnologia conforme ela é utilizada.
Registro de evidências
Caso você receba uma solicitação de chargeback por autofraude, é fundamental ter evidências para contestar esse pedido e confirmar que o cliente realmente realizou a compra.
Algumas das provas que podem ser reunidas são comprovantes de entrega com a assinatura do cliente, interações do consumidor com o time de atendimento do e-commerce e até mesmo publicações das suas redes sociais.
Após receber o pedido de chargeback, o empreendimento tem sete dias corridos para recorrer, devendo enviar à sua credenciadora as documentações comprobatórias da legitimidade da venda.
Autenticação 3DS
O 3DS 2.0 é um protocolo de autenticação que foi criado para reduzir o número de fraudes online, por meio da troca de informações transacionais entre o estabelecimento comercial e o emissor do cartão.
Nesse processo de autenticação, são analisadas dezenas de variáveis para confirmar se o portador do cartão é quem está realizando a compra.
A partir da avaliação do risco da transação, o emissor pode solicitar que o cliente realize uma validação de segurança, por meio de mecanismos como token, SMS, Face ID, biometria ou senha.
Essa autenticação aumenta a segurança das transações e, em caso de eventuais chargebacks por compras fraudulentas, a responsabilidade é do emissor, não do lojista. Assim, o empreendedor fica resguardado nesses casos.
Concluindo, a autofraude é um tipo de fraude desafiadora para o e-commerce, mas que pode ser evitada por meio do uso de tecnologias de ponta e boas práticas de segurança do negócio.
Para te ajudar nesse desafio, a tecnologia de pagamento do Pagar.me conta com um antifraude integrado, calibrado por nicho, além de disponibilizar integração com o protocolo 3DS 2.0 e oferecer apoio na reapresentação de chargebacks recebidos.
Além disso, nosso sistema ainda permite que o nome do seu negócio apareça na fatura do consumidor final. Assim, ele pode facilmente reconhecer as transações, reduzindo as chances de chargeback.
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