O que é engenharia social e como evitar esse tipo de golpe no seu negócio?

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O que é engenharia social e como evitar esse golpe?

7 de maio de 2024

Você sabia que muitos dos ataques cibernéticos mais comuns envolvem técnicas de engenharia social?

Em vez de se aproveitar de vulnerabilidades em sistemas, esses ataques buscam manipular o comportamento do próprio usuário. O objetivo é levá-lo a compartilhar dados sensíveis, enviar quantias de dinheiro ou baixar softwares maliciosos, por exemplo.

Dessa forma, fraudes envolvendo engenharia social podem ter como alvo tanto pessoas quanto empresas, representando uma grande ameaça para usuários e companhias.

Entenda como a engenharia social funciona na prática e como evitar esse tipo de golpe no seu negócio!

O que é engenharia social?

Engenharia social é um método que utiliza técnicas de manipulação psicológica para a obtenção de informações sensíveis, acessos e valores financeiros ou, ainda, para a interrupção e corrupção de serviços e dados.

Esse é um tipo de ataque cibernético que não envolve a violência física ou a vulnerabilidade de sistemas. Ele se aproveita da confiança e da falta de conhecimento ou atenção dos usuários para levá-los a voluntariamente quebrarem procedimentos de segurança de dados.

Dessa forma, os golpes de engenharia social dependem de interação humana, podendo acontecer online, pessoalmente, por telefone e outros canais.

Alguns golpes comuns contra indivíduos são tentativas de roubo de informações pessoais, como dados de cartão de crédito e senhas. Já no contexto organizacional, muitos ataques visam obter acessos restritos nos sistemas da empresa, por exemplo.

Como funcionam os golpes de engenharia social?

Os ataques de engenharia social são realizados a partir da comunicação direta entre o cibercriminoso e a vítima. Em vez de utilizar técnicas de força bruta, o método se aproveita da suscetibilidade do comportamento humano para manipulá-lo.

Para isso, a maioria dos golpes busca acionar emoções e instintos das pessoas, como urgência, medo, curiosidade, confiança e ganância.

Algumas das técnicas mais utilizadas são:

  • fazer-se passar por uma pessoa, empresa, autoridade ou instituição confiável;
  • gerar urgência para o usuário aproveitar uma oportunidade financeira imperdível;
  • induzir medo relacionado a uma falsa situação negativa, como um ataque de software malicioso ou a recusa de uma transação;
  • criar curiosidade sobre algum assunto, pesquisa ou benefício;
  • incentivar o sentimento de solidariedade em relação a causas sociais.

Com as suas emoções intensificadas, as pessoas são mais propensas a realizar ações arriscadas e quebrar protocolos de segurança, compartilhando dados confidenciais ou se expondo a malwares.

É por isso que o método da engenharia social é tão eficaz, sendo essencial a conscientização dos usuários para evitar essas armadilhas.

Quais são os tipos de ataques de engenharia social?

Para aprender como se proteger de tentativas de golpes envolvendo engenharia social, é importante conhecer os principais tipos de ataques que podem acontecer. Confira!

Phishing

Esse é um dos ataques mais comuns e utilizados pelos fraudadores. No phishing, o golpista envia comunicações falsas, se passando por uma instituição ou pessoa confiável.

As abordagens e canais utilizados variam bastante, sendo que o objetivo costuma ser obter informações sensíveis do usuário, como senhas e dados de cartão de crédito. Ao clicar em um link ou baixar um arquivo, também podem ser instalados malwares no dispositivo da pessoa.

Existem diferentes modalidades de phishing:

  • Spam: ataque de phishing em massa, no qual e-mails com comunicações generalizadas são enviados para grandes bases de contato;
  • Spear phishing: ataque direcionado para um grupo de pessoas, como funcionários de uma empresa;
  • Whaling: tipo de phishing cujo alvo é uma pessoa de alta notoriedade, como autoridades e executivos de alto nível;
  • Vishing: variação do phishing na qual as tentativas de golpe são feitas por chamada telefônica;
  • Smishing: phishing via mensagens de texto (SMS) ou aplicativos de mensagens instantânea, como WhatsApp.

Baiting

O baiting consiste em criar uma isca para acionar a curiosidade da pessoa. É o caso de e-mails com ofertas de oportunidades financeiras imperdíveis ou softwares gratuitos.

Outro exemplo comum são pen drives infectados com malware que são deixados em espaços públicos. Uma pessoa curiosa pode pegar o dispositivo e, ao conectá-lo ao seu computador, acabar tendo seus sistemas e informações comprometidos.

Pretexting

No pretexting, o fraudador cria um cenário aparentemente legítimo — o chamado pretexto — para envolver a vítima em uma narrativa falsa e incentivá-la a realizar a ação desejada.

Um exemplo clássico é um e-mail de phishing que contava a história de um príncipe nigeriano que estava perdido e precisava de ajuda financeira.

Essa técnica geralmente é utilizada em conjunto com outros tipos de ataque, potencializando-os ao envolver o usuário em histórias elaboradas e emocionantes.

Tailgating

Também chamado de piggybacking, no tailgating, o golpista segue uma pessoa com autorização para uma área de acesso restrito, aproveitando-se de cortesias sociais, para tentar entrar no local e roubar informações ou ativos de valor.

No ambiente digital, isso também pode acontecer quando uma pessoa deixa um dispositivo sem supervisão, em um local público, enquanto ainda está conectado a uma rede privada.

Quid pro quo

Quid pro quo é uma expressão em latim que significa “tomar uma coisa por outra”. Nesse sentido, trata-se de um golpe no qual são oferecidas recompensas para as vítimas em troca de suas informações pessoais.

Alguns exemplos são concursos, sorteios, pesquisas e prêmios de programa de fidelidade falsos. A pessoa oferece suas informações para poder participar, mas não recebe nenhum benefício em troca.

Outra possibilidade são criminosos que se passam por especialistas do suporte técnico de algum sistema ou equipamento utilizado pela vítima. Eles solicitam os dados do usuário para resolver o problema e, assim, conseguem acesso ao seu dispositivo.

Scareware

Como o nome já sugere, o scareware tem como objetivo assustar a pessoa, por meio de um aviso falso que gere alarme.

Pode ser um comunicado de segurança pública ou uma advertência falsa de um sistema antivírus indicando que o dispositivo está sendo infectado, por exemplo. Para resolver o problema, o usuário é levado a compartilhar suas informações ou baixar um malware.

Como evitar golpes de engenharia social?

Como você pode perceber, os ataques de engenharia social representam grandes riscos tanto para pessoas físicas quanto para empresas, podendo levar a roubo de identidade, vazamento de dados, corrupção de sistemas e prejuízos financeiros.

Então, como se proteger desses golpes? Conheça algumas dicas!

1. Adote um comportamento preventivo

Levando em conta que o funcionamento da engenharia social envolve o comportamento do usuário e a psicologia humana, o primeiro passo é se conscientizar sobre as boas práticas de segurança digital.

Em empresas, é imprescindível realizar treinamentos de conscientização com todos os colaboradores. Assim, as equipes manterão as boas práticas no dia a dia da companhia, protegendo tanto suas informações pessoais quanto os dados organizacionais.

Desconfie

Adote uma postura de desconfiança, suspeitando de qualquer mensagem alarmante ou “boa demais para ser verdade”. Também evite abrir e-mails de destinatários desconhecidos e clicar em links e anexos suspeitos.

Verifique

Confira a legitimidade das comunicações recebidas, verificando a sua origem em fontes e canais oficiais. Alguns detalhes, como erros ortográficos, logotipos inconsistentes e URLs suspeitas, são indícios de ataques.

Mantenha a calma

Em caso de solicitações urgentes, avisos alarmantes e oportunidades imperdíveis, siga os passos anteriores para não tomar nenhuma decisão impulsiva.

Evite compartilhar informações

Seja pessoalmente, por telefone ou online, sempre verifique a identidade do seu interlocutor antes de passar qualquer informação. Também tome cuidado com o que você compartilha nas redes sociais.

Proteja suas contas, redes e dispositivos

  • Crie senhas únicas e complexas;
  • Utilize a autenticação de dois fatores (2FA) em suas contas;
  • Evite se conectar a redes públicas;
  • Não deixe seus dispositivos desbloqueados sem supervisão.

2. Utilize ferramentas de segurança

Se os golpes de engenharia social forem bem-sucedidos, é fundamental contar com softwares de segurança, como firewalls, antivírus e ferramentas de autenticação, para proteger seus dispositivos e sistemas de infecções por malware e acessos indevidos.

No caso de organizações, é essencial identificar as vulnerabilidades e brechas de segurança para encontrar as ferramentas ideais para proteger os sistemas, detectando e bloqueando tentativas de ataque.

3. Crie uma política de segurança

As empresas também devem criar uma política de segurança para estabelecer protocolos a serem seguidos por todos os colaboradores, garantindo que ela seja bem difundida entre as equipes.

A política deve envolver processos e atividades relacionados tanto ao meio físico quanto ao digital, além de definir padrões para o controle de acessos, processos de autenticação e medidas a serem tomadas quando houver suspeita de tentativas de ataques e golpes.

A engenharia social é um método muito utilizado pelos golpistas para obter acessos, informações e recursos. Dessa forma, é imprescindível se munir de uma série de camadas de proteção para evitar problemas de segurança.

Atualmente, com a popularidade do Pix, os criminosos têm utilizado técnicas de engenharia social para realizar golpes com essa forma de pagamento. Saiba como funcionam os golpes com Pix e como evitá-los na sua empresa!

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