6 dicas de tecnologia para ter sucesso na Black Friday

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6 dicas de tecnologia para ter sucesso na Black Friday

25 de agosto de 2020 (atualizado em 5 de novembro de 2021)

A Black Friday é a promoção anual mais esperada pelo varejo e, ano após ano, a data tem se tornado cada vez mais digital.

De acordo com uma pesquisa do Méliuz, 56,7% dos consumidores pretendem fazer compras na Black Friday 2021 somente no e-commerce, enquanto 28,2% desejam mesclar lojas online e físicas e apenas 8,9% se limitarão a estabelecimentos físicos.

Por isso, se você tem uma loja online e quer ter sucesso na data, prepare-se! Mais do que investir em marketing, é importante ter atenção para a infraestrutura de tecnologia do seu e-commerce.

Para garantir um alto volume de vendas nessa data, sem decepcionar seu cliente, seu sistema precisa estar preparado.

Pensando nisso, Gustavo Livrare (CTO do Pagar.me) e Rodrigo Almeida (Líder de Produto do Pagar.me) separaram 6 dicas infalíveis para que sua loja esteja pronta para a Black Friday. Confira!



1. Escalabilidade e Disponibilidade

Para ter uma Black Friday de sucesso, primeiramente é importante garantir que o dia de promoções não ofereça sustos para você e sua equipe de tecnologia.

Portanto, o primeiro passo é preocupar-se com dois conceitos relevantes: a escalabilidade e a disponibilidade da sua loja.

Esses dois termos se referem a capacidade de manter o serviço disponível e com um nível de qualidade satisfatório mesmo considerando uma carga crescente de utilização.

Ou seja, manter a atividade mesmo diante um aumento significativo de acessos, comportamento comum observado durante a Black Friday.

Dessa forma, diante da maior promoção do ano e uma das maiores oportunidades sazonais para faturar mais, a infraestrutura não pode ser um gargalo para o sucesso do seu negócio.

A Black Friday não é o evento e nem o dia ideal para economizar. Se você deseja ter ganhos significativos, é hora de abrir o coração e a carteira para o time de tecnologia, para garantir a eficiência dos sistemas nesta oportunidade.

2. Não olhe somente para “dentro de casa”

Você e sua equipe de tecnologia podem estar fazendo o melhor trabalho possível para a Black Friday. No entanto, de nada adianta se você não garantir que os outros - integrações e aplicações ligadas ao seu site - também estão fazendo o mesmo.

Dessa forma, tente mapear todos os pontos de gargalo do "ciclo de vida" do usuário. Os pontos, aplicações e conexões que geralmente assumimos que estão em pleno desempenho também merecem sua atenção. Teste todos os serviços (internos e externos). Todo cuidado é pouco para a Black Friday!

Avalie o risco versus retorno de cada caso e invista em planos de contingência para os fluxos mais críticos. Isso garante que, em eventuais indisponibilidades e incidentes, você poderá se recuperar e manter sua loja 100% ativa durante a Black Friday.

Um dos principais planos de contingência é investir em provedores secundários de infraestrutura e serviço. Você deve ter tanta preocupação com a estabilidade da tecnologia quanto tem com estoque, logística, marketing e outros aspectos.

3. Prepare-se para o pior cenário

A Black Friday é um evento de "burst" - em outras palavras, de picos de acessos. Isso porque as pessoas vão “aguardando”, ou seja, segurando seus desejos de consumo até a abertura das ofertas, a fim de conseguir condições melhores de compra.

Dessa forma, quando o dia de ofertas começa, ou até mesmo horas antes, de acordo com o calendário de ofertas que você determinar, é normal ter um aumento significativo do número de acessos e requisições na sua loja.

E quando há a virada, a partir da 00h01, os usuários começam a se empolgar e acessar mais ativamente as lojas. É neste momento que o seu sistema deve estar mais resistente do que nunca para suportar os acessos, sem deixar a experiência do usuário a desejar.

Portanto, não confie na média de acessos rotineira do seu site: esteja preparado para os pontos de máximo. Os principais picos de acesso durante a Black Friday são observados:

  • à meia-noite;
  • na hora do almoço;
  • e no fim de tarde.

Pensando nisso, crie mecanismos para "blindar" tudo que é crítico para seu sistema. Uma boa sugestão é contratar uma CDN (Content Delivery Network) para o período, que é uma rede que distribui geograficamente o conteúdo, melhorando o desempenho e a segurança do seu site.

Assim, o conteúdo do seu servidor no Brasil é distribuído com qualidade para usuários em diferentes regiões do país e do mundo.

O resultado? Um site mais fluido e com carregamento rápido, para que o cliente não tenha a sensação de que está “pegando fila”.

4. Evite tomar decisões baseadas em “achismos”

O "achismo" pode ser um dos fatores mais graves para colocar em risco a disponibilidade do seu site na Black Friday.

Quando você passa por alguma instabilidade ou até mesmo quando o seu site cai, a pior coisa é você não saber o que aconteceu e nem mesmo o que fazer para restaurá-lo.

Pensando nisso, tenha ferramentas que te ajudem no processo de tomada de decisão, sobretudo para minimizar o tempo de reação diante das adversidades.

Sendo assim, monitore constantemente algumas métricas relevantes para a saúde da sua loja online, como:

  • visualização de tráfego;
  • quantidade de acessos;
  • taxa de erros;
  • latência.

Para isso, tenha em mãos ferramentas terceirizadas, como Google Analytics, WAF, APM, Infraestrutura e mais.

A tomada de ação diante de uma instabilidade é muito mais rápida quando você tem informação disponível. Dessa forma, seu cliente não precisará sentir a degradação do nível de serviço antes de você começar a agir.

5. Segurança é indispensável

Na Black Friday, é importante conter os riscos para garantir o sucesso das suas vendas. Afinal, a credibilidade também faz parte da alma do negócio.

Lembrando que, ao vender online, a concorrência é muito acirrada e basta um erro para que seu cliente opte por outra loja do seu segmento.

A imagem do seu site é muito importante, e a segurança é vital para garantir a confiança dos consumidores. Por isso, não economize neste ponto.

Tenha em mente que, quanto maior o negócio, maior a visibilidade que ele tem. Tanto para o bem quanto para o mal. Portanto, conforme sua loja vai crescendo, o lucro também aumenta - porém, os investimentos em segurança devem ser proporcionais ao sucesso.

Avalie os riscos do seu negócio e escolha investir no que pode te proteger, de acordo com a relevância que a sua loja já tem no segmento.

Empresas grandes como Faber-Castell, Netflix e Avon já sofreram com ataques cibernéticos - prática essa que já cresceu em 300% com a pandemia.

Portanto, não seja negligente - avalie seu nível de exposição e tome providências para garantir a segurança do seu site e dos dados dos usuários. Defina qual o limite aceitável entre segurança e usabilidadepara o seu negócio e invista em boas ferramentas e provedores de segurança.

6. Cuidado com as fraudes

De acordo com a Konduto, o e-commerce brasileiro sofre uma tentativa de fraude a cada cinco segundos. Em geral, as fraudes contra lojas online acontecem a partir de compras aparentemente legítimas, mas feitas com cartões de crédito clonados.

Assim, você recebe o pedido, conclui a venda, envia seu produto e, quando o real portador do cartão identifica a compra desconhecida, ele abre o processo de chargeback. Dessa forma, há o risco de que você, lojista, fique sem o produto e sem o dinheiro.

Em geral, um e-commerce saudável não pode ter uma taxa de fraudes superior a 1% do faturamento, sob risco de advertências, multas e até mesmo descredenciamento junto às operadoras e bandeiras de cartão de crédito.

Além disso, diante de uma venda fraudada, você pode precisar vender até 5 produtos mais para compensar a perda do produto e do dinheiro.

Para evitar ou reduzir este problema, utilize um sistema de antifraude ou um sistema de pagamentos que tenha essa solução incorporada (como é o caso do Pagar.me).

Com isso, a maioria das transações ilegítimas é barrada antes mesmo da aprovação do pagamento na hora da compra, e os produtos sequer são enviados por você ao fraudador.

Você, lojista, também pode fazer checagens manuais para garantir a legitimidade da compra, verificando informações como:

  • endereço de entrega;
  • domínio do e-mail;
  • nome do comprador;
  • valor da compra.

Todos esses dados devem estar de acordo com o perfil recorrente do seu cliente. Se, por exemplo, você tem um ticket médio de R$ 100,00 por venda, um pedido no valor de R$ 10.000,00 pode ser um tanto suspeito, né? Provavelmente trata-se de uma operação fraudulenta!

Quais são os tipos de fraudes tecnológicas?

Além das compras fraudulentas, realizadas com cartão de crédito clonado, há outros tipos de fraude que colocam em risco a credibilidade do seu negócio e a segurança do cliente. São elas:

Sequestro de estoque

Na prática, outros varejistas - até mesmo concorrentes - fazem compras na sua loja via boleto, geralmente com vencimento em três dias úteis, e não pagam pelos produtos.

As lojas vítimas precisam deixar os produtos encomendados pelos golpistas fora de circulação durante a Black Friday e perdem as vendas.

Portanto, para a Black Friday, a recomendação é limitar parte do seu estoque em vendas por boleto, deixando a maioria disponível para transações com cartão de crédito e Pix.

Uma das soluções é criar um padrão para identificar pedidos suspeitos e, a partir daí, envolver pessoas no processo de auditoria dos carrinhos.

Fraude de boleto

Quando um cliente tem um boleto para pagar, há duas formas de realizar o pagamento: digitando a linha numerada ou escaneando o código.

Há um tipo de vírus que, na hora de gerar o boleto para o cliente no seu site, consegue alterar o código de barras. Vírus esse instalado no computador do cliente.

Chamado de Bolware, ele é usado por criminosos para adulterar a conta recebedora e o valor original do boleto emitido na Internet. Assim, quando o consumidor realiza o pagamento o boleto fraudado, a quantia é transferida para a conta do golpista ou de terceiros.

No final, a loja não recebe o valor referente à compra, e o consumidor, que acredita ter realizado o pagamento corretamente, não recebe o produto.

Além do uso do antivírus, para evitar esse tipo de fraude é importante que o cliente seja instruído a conferir se os próprios dados e os do lojista estão preenchidos de maneira correta.

Fake website

Sites falsos são usados, geralmente, para aplicar golpes virtuais e roubar dados bancários, de cartões, senhas ou apenas facilitar a invasão ao computador para ataques posteriores.

Portanto você, lojista, deve tomar alguns cuidados para indicar para o seu cliente que o site que ele está acessando é legítimo. Peça que ele preste atenção na URL do site, no formato e em detalhes que comprovam a segurança e a identidade da marca.

Do ponto de vista técnico, o certificado SSL é relevante. Sites que lidam com login, senha, informações de pagamento e outras informações pessoais devem ter, obrigatoriamente, conexão segura com o protocolo HTTPS.

É importante que o cliente verifique se o navegador mostra algum indicativo na barra de endereços: selo de “Seguro”, “Verificado”, “Protegido” ou o nome do certificado de segurança em verde.

Você como lojista não obrigatoriamente perde mercadorias com um site falso, mas o maior prejuízo está na sua imagem. Um cliente que realiza uma compra em um site fraudado com a sua marca, dificilmente terá confiança para comprar com você novamente.

Cuide da sua marca!

Por fim, lembre-se de que a Black Friday também é um evento de exposição da marca. Clientes conquistados nessa época podem virar recorrentes e gerar receita para você ao longo do próximo ano. Invista em segurança e boa experiência para ele!

Com todas essas dicas, agora ficou muito mais fácil garantir a eficiência da tecnologia na sua Black Friday para vender mais e deixar a concorrência para trás.

Aqui, no blog do Pagar.me, você encontra novos conteúdos toda semana. Se você gostou deste artigo, não deixe de conferir nossas dicas especiais sobre como evitar fraudes no e-commerce. Boas vendas!

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